22/02/2013

The State of Engineering 2013

Reino Unido precisa dobrar número de engenheiros até 2020

Estudo também chama atenção para a necessidade de formar mais professores de física para o ensino médio e sobre a importância decisiva dos bons docentes

O relatório "The State of Engineering 2013", produzido pela organização britânica EngineeringUK, estima que, até 2020, o Reino Unido terá de praticamente dobrar sua capacidade de formação de engenheiros, passando da taxa atual de 46 mil novos graduados ao ano para 87 mil, se quiser manter sua proeminência no cenário econômico mundial.
 
A diferença entre ter um professor excelente e um professor ruim equivale a um grau do GSCE, o equivalente britânico do Enem, cujas notas variam de A a G De acordo com o levantamento, as perspectivas profissionais para os engenheiros britânicos continuam boas. No biênio 2010/2011, 85% dos graduados em engenharia do país estavam empregados ou fazendo pós-graduação seis meses após a formatura. Além disso, os salários pagos a engenheiros e técnicos é considerado bom para os padrões britânicos, ficando apenas atrás dos conquistados por médicos e dentistas. Ao longo desta década, estima-se que sejam criadas mais 2,74 milhões de vagas nas carreiras profissionais ligadas à engenharia. "Quando a questão é aumentar nossa capacidade, teremos de expandir nossos horizontes para garantir que tenhamos a reserva de talento necessária", afirma o texto.
 
"Dar sustentação à prosperidade econômica não é o único papel crucial que o setor de engenharia tem a desempenhar no futuro", diz o relatório. Citando as estimativas de crescimento da população mundial – que pode chegar a 11 bilhões em 2050 – e a crescente escassez de recursos naturais, os autores escrevem que "ciência e tecnologia terão um papel vital nesse período crítico da história".
 
O trabalho também chama atenção para a necessidade de formar mais professores de física para o ensino médio no país, e para a importância dos professores. "Nossa pesquisa mostra como o prazer é tão importante quanto o aprendizado, em termos da chance de um aluno se interessar por um assunto mais tarde, particularmente quando se trata de matemática ou ciência", diz o relatório. "Um corpo cada vez maior de evidências mostra que a variação na qualidade do ensino tem grande impacto nos resultados e que, todas as outras variáveis mantendo-se iguais, a diferença entre ter um professor excelente e um professor ruim" equivale a um grau do GSCE, o equivalente britânico do Enem, onde os estudantes recebem notas de A a G.