07/08/2017

Labjor Unicamp CI 2017

Todas as informações sobre o curso Comunicação de Universidades Públicas e Institutos de Pesquisa

O curso Comunicação Institucional será crítico/propositivo: como deveria ser a comunicação institucional, procurando sempre inventariar, e reconhecer, como é. O foco do curso é a comunicação de instituições públicas de ensino e pesquisa. É preciso, portanto, entender essa instituição especificamente: a Universidade. Adiantando o ponto de chegada: a comunicação institucional de universidade teria tudo para ser muito próxima da jornalística, se não 100% jornalística, ainda que organizacionalmente “não independente” (assumindo que a independência seja de fato uma característica de um veículo jornalístico). Em suma: a melhor propaganda de uma boa universidade é jornalismo. E atenção: comunicação institucional é muito mais do que assessoria de imprensa.
 
Trataremos do bem que a comunicação jornalística pode fazer à comunicação institucional de uma universidade – e os limites dessa ambição. Se a Universidade é a casa do debate, da ponderação, do confronto de ideias, da descoberta, então a comunicação mais adequada, que deveria servir como uma luva, é a jornalística – a comunicação por excelência da crítica, da fiscalização, do contraditório, da contextualização.
 
Dedicaremos as aulas iniciais para avaliar de que base partimos: qual é o estado das universidades e instituições de pesquisa?; qual é o estado da comunicação de ciência e da comunicação acadêmica?; qual é o estado da comunicação jornalística hoje?
 
Cronograma
•             De 07 de agosto a 13 de novembro
•             15 aulas
•             De 10h50 a 12h30 (1 hora e 40 minutos)
1
7/8
Introdução, instruções sobre trabalhos e
definições fundamentais
Ricardo
2
14/8
Estado do jornalismo, da comunicação de ciência e da comunicação acadêmica
Ricardo
3
21/8
A Universidade no Brasil
Marcelo Knobel (reitor)
4
28/8
Estado do Jornalismo II + análise de sites
Raquel
5
4/9
Plano de Comunicação da Faculdade de Educação da Unicamp
Thais Marin (ex-aluna EJC-Labjor)
6
11/9
Análise de sites – prática em sala de aula
Raquel e Ricardo
7
18/9
Aula da Marina Gomes – à tarde, visita ao CNPEM
Simone Pallone (coordena a visita, à tarde)
8
25/9
Gestão de crise
crise da USP (2014), supersalários da Unicamp e outras
Ricardo
9
2/10
Rodada de apresentação de planos de comunicação
Ricardo, Raquel e Simone
10
9/10
Burocratismo, ufanismo, agendismo, ciranda de vaidades e outras pragas da comunicação institucional de universidades
Ricardo
11
16/10
Comunicação do Instituto Agronômico de Campinas
Carla Gomes
12
23/10
Planos de comunicação do Instituto Florestal e do Instituto Oceanográfico
Paulo Andreeto e Tássia Biazon (ex EJC-Labjor)
13
30/10
Desafios da comunicação de universidade
Peter Schulz (secretário de comunicação da Unicamp)
14
6/11
CNPEM
Lívia Oliveira
15
13/11
Revisão geral e um pouco sobre a comunicação pública no Brasil (a tragédia da EBC)
Ricardo
 
Trabalho principal, individual, em dupla ou trio, valendo 8 pontos na média final: montar um plano de comunicação para um departamento, núcleo, faculdade ou universidade ou para um instituto de pesquisa
 
Palestras:
1.       todos devem enviar uma pergunta até a manhã da sexta-feira anterior à palestra
2.       no caso de algumas palestras, haverá texto(s) base para leitura prévia
 
Atividade prática principal: avaliação de sites, em grupos
Atividades práticas subsidiárias: edição de textos, convertendo de burocrático para jornalístico
Palestras e atividades práticas somam 2 pontos na média final 
 
Bibliografia de referência
 
BRANDÃO, Elizabeth. “Usos e significados do conceito comunicação pública”. Trabalho apresentado ao Núcleo de Pesquisa Relações Públicas e Comunicação Organizacional do VI Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom. Disponível aqui [acessado em 2/8/2016]
 
BUCCI, Eugênio. Em Brasília, 19 horas: a guerra entre a chapa branca e o direito à informação no primeiro governo Lula. Rio de Janeiro: Record, 2008.
 
BUENO, Wilson da Costa. “Uma cultura de comunicação para a universidade brasileira”. Disponível em https://goo.gl/XYdXrq [acessado em 11/7/2017]
 
COSTA, A. R. F. ; SOUSA, Cidoval Morais de ; MAZOCCO, Fabricio José. “Modelos de comunicação pública da ciência: agenda para um debate teórico-prático”. Conexão (UCS), v. 9, p. 149-158, 2010.
 
DI GIULIO, G.M.; Pereira, N. M.; FIGUEIREDO, B. R. “O papel da mídia na construção social do risco: o caso Adrianópolis, no Vale do Ribeira”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 15, p. 293-311, 2008. Disponível aqui [acessado em 2/8/2016]
 
DUARTE, Jorge (Org.). Comunicação pública: estado, mercado, sociedade e interesse público.  São Paulo: Atlas, 2007.
__________________ Glossário de comunicação pública. Brasília, DF: Casa das Musas, 2010 (reimpressão).
__________________ Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: Teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 4ª edição, revista e ampliada, 2011.
 
JARAMILLO, Juan Camilo. “Experiencia de la comunicación pública”. La Iniciativa de Comunicación. Disponível em: http://branch.comminit.com:8081/la/node/150447 [acessado em 2/8/2016]
 
LIMA, Venicio A. de. Mídia: teoria e política, São Paulo, Editora Perseu Abramo, 2ª edição, 2012.
 
OLIVEIRA, Maria José da Costa (Org.). Comunicação pública. Campinas, SP: Alínea, 2004.
 
RODRIGUES, Diogo Moyses; AZEVEDO, Flávia; VALENTE, Jonas Chagas Lúcio; SILVA, Sivaldo Pereira da. Sistemas públicos de comunicação no mundo, experiências de 12 países e o caso brasileiro. São Paulo: Paulus, Intervozes, 2009.
 
SILVA, Luiz Martins da (Org.). Comunicação pública: algumas abordagens. Brasília, DF: Casa das Musas, 2010.
 
SILVEIRA, Aline Reinhardt. “A comunicação pública a serviço da transparência pública: um estudo em portais de Universidades Federais do Sul do Brasil”. Intercom – XIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, 2013. Disponível aqui [acessado em 2/8/2016]
 
TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
 
VAZ, Gil Nuno. Marketing institucional: o mercado de ideias e imagens. São Paulo: Pioneira, 1995.
 
WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
 
ZÉMOR, Pierre. La Communication Publique. PUF, Col. Que sais-je ? Paris, 1995. Tradução resumida do livro: Elizabeth Brandão. Disponível aqui [acessado em 2/8/2016]
 
 
Grupo docente
 
Simone Pallone de Figueiredo é jornalista, especialista em Jornalismo Científico e doutora em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp. Pesquisadora no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp) e professora nos cursos: Especialização em Jornalismo Científico e Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (IEL/Labjor). Editora da revistas Inovação - Revista Eletrônica de P,D&I e coordenadora do Programa de web rádio Oxigênio (www.oxigenio.comciencia.br). Foi também repórter e editora das revistas ComCiência, Conhecimento & Inovação e Conecta, todas editadas pelo Labjor, e também das revistas Frigorífico e TecCarnes (Editora Soleil). Atuou como diagramadora nos jornais Folha Sudeste (Folha de S.Paulo) e Diário do Povo.
 
Raquel Almeida é jornalista, graduada pela Escola de Comunicação da UFRJ (1992). Tem pós-graduação em marketing pela Coppead-UFRJ (2012) e hoje é mestranda do Labjor-Unicamp, onde pesquisa novos coletivos digitais de produção jornalística. Trabalhou como repórter e editora em jornais e revistas (O Dia, Jornal do Brasil, Veja, Gazeta Mercantil e O Globo). Em 2001, mergulhou no mundo digital como editora na Globo.com. De 2004 a 2014, foi editora executiva do Globo Online e desenvolveu e implementou projetos de conteúdo digital nos jornais das Organizações Globo. Também atuou como gerente executiva de comunicação digital na agência Textual (2014-2015), onde desenvolveu projetos para clientes como Itaú, McDonald's, Coca-Cola e ​Comitê ​Rio 2016.
 
Ricardo Whiteman Muniz é formado em Jornalismo (Faculdade Cásper Líbero, 2004) e Direito (USP, 1993). Trabalha no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp) como editor executivo da revista Ensino Superior, editor da revista ComCiência e editor associado da Inovação - Revista Eletrônica de P,D&I. Foi repórter de economia na Exame.com, subeditor de Ciência, Saúde, Educação e Meio Ambiente no jornal O Estado de S. Paulo e editor de Ciência e Saúde no G1, portal de notícias da Globo. Entre 2010 e 2011 foi professor de Princípios de Direito para Jornalismo, na graduação da Cásper.
 
Convidados
 
Marcelo Knobel, reitor da Unicamp (2017-2020), é professor titular do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), da Unicamp. Pesquisador 1A do CNPq, realiza pesquisas na área de magnetismo e materiais magnéticos, e dedica-se também à divulgação da ciência e da tecnologia, percepção pública da ciência e à Educação Superior. Coordenou o Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) e foi o diretor executivo do Museu Exploratório de Ciências – Unicamp. Foi Membro do Comitê Assessor de Física e Astronomia do CNPq e foi Membro da Coordenação de Área de Física da Fapesp. Foi membro (notório saber) da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), de 2010 a 2016. Foi pró-reitor de Graduação da Unicamp (2009-2013), quando implantou o Programa Interdisciplinar de Educação Superior (ProFIS), que alia um programa de inclusão social com formação geral, pelo qual recebeu o Prêmio Peter Muranyi na área de Educação (2013). Foi diretor (de agosto de 2015 até outubro de 2016) do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM).
 
Carla Gomes
Diretora do Núcleo de Comunicação Institucional no Instituto Agronômico (IAC). Formada em Direito e Jornalismo na PUC-Campinas e especialista em jornalismo científico pelo Labjor.
 
Peter Schulz
Peter Schulz foi professor do Instituto de Física "Gleb Wataghin" (IFGW) da Unicamp durante 20 anos. Atualmente é professor titular da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, em Limeira. Além de artigos em periódicos especializados em Física e Cienciometria, dedica-se à divulgação científica e ao estudo de aspectos da interdisciplinaridade. Publicou o livro A encruzilhada da nanotecnologia – inovação, tecnologia e riscos (Vieira & Lent, 2009) e foi curador da exposição “Tão longe, tão perto – as telecomunicações e a sociedade”, no Museu de Arte Brasileira – FAAP, São Paulo (2010).
 
 
Critérios para avaliação de plano de comunicação (PC)
 
[1] O PC pode ser entregue para decisores em uma reunião?
não. tem erros de português! um plano de comunicação com erros de português!!! -4 pontos
sim. garantida nota mínima 4 (exceto o desconto por atraso, de 2 pontos)
 
[2] O PC fez diagnóstico entrevistando pessoas e/ou com base em experiência profissional do próprio(a) autor(a)?
não. tudo da sua imaginação? -1
sim. já salta para 5
 
[3] O PC prevê ações?
 
[4] O PC distribui essas ações em um cronograma? (tempo é um tipo de custo)
 
[5] O PC faz orçamento? (pelo menos do que é externo, terceirizado?)
 
[6] Padrão de excelência
plano inspirado em política de comunicação
bibliografia (não exigida, mas mal também não faz)
 
[7] Defeitos comuns:
 
PC deprê e plano modéstia-demais-é-fracasso-já-na-largada
Se está assim tão no brejo, divida em duas seções: isso aqui é o que dá pra fazer agora; já isso aqui é o sonho, o ideal, o que um dia deve ser feito!
 
PC escrito nas coxas
 
PC sem plano
 
PC manifesto: "tem de mudar, mas se vira aí"
 
PC que se limita a propor uma "funilaria" de site
 
PC que "esquece" de equacionar a questão, digamos importante, da dimensão, habilidades, perfil e forma de contratação (ou realocação) de equipe